Lyrics Ensaio Sobre a Cegueira - Detonautas
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Ensaio
Sobre
a
Cegueira
Detonautas
Onde
não
se
pode
mais
encontrar
um
coração
Me
provoca
o
teu
desprezo
com
um
pouco
de
atenção.
A
mentira
que
te
cerca
é
mais
normal
do
que
se
crê
Entre
a
sua
liberdade
e
o
meu
direito
de
viver
Tente
imaginar
Tente
imaginar
nós
dois
Tente
imaginar
Tente
imaginar
depois
E
não
confundir
Ódio
com
diversão,
medo
com
paz!
E
não
confundir
ódio
com
diversão
Afinal
não
estamos
sós!
Onde
não
se
pode
mais
encontrar
um
coração
Me
provoca
o
teu
desprezo
com
um
pouco
de
atenção
A
mentira
que
te
cerca
é
mais
normal
do
que
se
crê
Entre
a
sua
liberdade
e
meu
direito
de
viver
Tente
imaginar
Tente
imaginar
depois
Tente
imaginar
Tente
imaginar
nós
dois
E
não
confundir
Ódio
com
diversão,
medo
com
paz!
E
não
confundir
ódio
com
diversão
Afinal
não
estamos
sós!
Jovens
sem
nenhuma
utopia
Caminham
tensos
pelas
ruas
de
suas
casas
velhas
Sem
nenhuma
luz,
sem
nenhuma
luz
de
Fernando
Pessoa
Fechados
nas
sexuais
telas
da
impotência
Se
masturbam
contemplando
corpos
em
decomposição!
Norte
da
minha
fé
Onde
estavam
o
beija-flor
e
o
arco-íris
Na
hora
do
nascimento
dessas
criaturas
Quantas
gotas
de
flor
restam
nos
corredores
dos
céus
De
vossas
bocas
Quais
fontes
clamam
por
vossos
nomes?
Eu
entrando
na
virtuosa
idade
E
eles
entrando
em
idade
nenhuma.
Os
filhos
da
morte
burra
Cheiram
o
branco
pó
da
anemia
Esqueceram
que
um
dia
tocaram
na
poesia
da
Transgressão
em
pleno
ventre
de
suas
esquecidas
mães
Esqueceram
de
colar
o
ouvido
ao
chão
Para
ouvir
as
ternas
batidas
do
coração
das
borboletas.
Os
filhos
da
morte
burra
Jamais
levantam
uma
folha
para
conhecer
o
labor
dos
incertos
Jamais
erguem
taças
ao
luar
para
brindar
a
Vigorosa
lua
Os
filhos
da
morte
burra,
Desconhecem
ou
jamais
ouviram
falar
em
iluminação
Apenas
abrem
a
boca
para
vomitar
E
não
confundir
Ódio
com
diversão,
medo
com
paz!
E
não
confundir
ódio
com
diversão
Afinal
não
estamos
sós!
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