Lyrics Gineteando o Temporal - Os Monarcas
Grita
o
silêncio
da
noite,
corcoveiam
os
trovões
Línguas
de
fogo
lambendo
aramados
e
moirões
No
céu,
um
patrão
tropeiro
vai
remexendo
os
tições
E
um
macegal
se
ajoelhando
como
a
pedir
mil
perdões
E
o
gado
todo
mais
louco
do
que
a
fúria
deste
vento
Redemoinha
no
relento
à
procura
de
capões
Relâmpagos
que
se
cruzam
retratam
por
entre
as
plagas
Os
entre-choque
de
adagas
das
velhas
revoluções
No
horizonte,
as
labaredas
vão
guasqueando
o
tempo
feio
Teatros
de
assombrações,
cenário
do
mundo
alheio
Boitatás
e
caiporas,
tropilhas
do
pastoreio
Meu
baio
pateando
raio,
o
temporal
gineteio
Neste
entreveiro
matreiro
de
faísca,
vento
e
raio
Me
agarro
as
crinas
do
baio
que
já
nem
liga
pro
freio
E
uma
faísca
teimosa
riscou-me
a
tala
do
mango
Só
por
ciúmes
de
fandango,
partiu
minha
gaita
no
meio
Os
coriscos
vão
marcando
o
longo
preto
do
tempo
Nuvens
pançudas
de
chuva
se
aninham
no
firmamento
A
mata
inteira
valseia
num
compasso
pacholento
Com
fogo
se
apaga
fogo,
sempre
a
cabresto
do
vento
Por
isso
um
galho
extraviado
veio
tapear
meu
chapéu
Atiçando
um
fogaréu
nos
bretes
do
pensamento
Me
apeguei
a
Santa
Bárbara
pra
domar
o
temporal
Que
sem
maneia
e
buçal
ficou
manso
ao
meu
contento
1 Sonhando Na Vaneira
2 Cheiro de Galpão
3 Gineteando o Temporal
4 Vaneira Grossa
5 Erechim: História e Canto
6 A Voz do Gaudêncio
7 Bugio do Fole Solto
8 Pago Dileto
9 Rancheira Puladinha
10 Sistema Antigo
11 Prece Telúrica
12 Infância Perdida
13 Não Enconsta a Barriguinha
14 Eu Vim Aqui Pra Dançar
15 Milonga Pra Ti
16 Dia de Festança
17 Vai Que Vai
18 Santuário Dos Xucros
19 Aquerenciado
20 Sina de Gaiteiro
21 Embretados
22 Fandangueando
23 Bruxinha de Pano
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