Agir feat. Ana Bacalhau - Os Índios Da Meia Praia paroles de chanson

paroles de chanson Os Índios Da Meia Praia - Agir , Ana Bacalhau



Aldeia da Meia-Praia
Ali mesmo ao de Lagos
Vou fazer-te uma cantiga
Da melhor que sei e faço
De Monte-Gordo vieram
Alguns por seu próprio
Um chegou de bicicleta
Outro foi de marcha a
Quando os teus olhos tropeçam no voo duma gaivota
Em vez de peixe, peças de ouro caindo na lota
Quem aqui vier morar não traga mesa nem cama
Com sete palmos de terra se constrói uma cabana
Tu trabalhas todo o ano
Na lota deixam-te mudo
Chupam-te até ao tutano
Levam-te o couro cabeludo
Quem dеra que a gente tеnha
De Agostinho a valentia
Para alimentar a sanha
De esganar a burguesia
Adeus disse a Monte-Gordo
Nada o prende ao mal passado
Pois nada o prende ao presente
Se ele é o enganado
Oito mil horas contadas laboraram a preceito
Até que veio o primeiro documento autenticado
Eram mulheres e crianças, cada um com o seu tijolo
Isto aqui era uma orquestra, quem diz o contrário é tolo
E se a língua não cessa, eu daqui vivo não saio
Pois nada apaga a nobreza dos índios da Meia-Praia
Foi sempre a tua figura, tubarão de mil aparas
Deixar tudo à dependura quando na presa reparas
Das eleições acabadas
Do resultado previsto
Saiu o que tendes visto
Muitas obras embargadas
Mas não por vontade própria
Porque a luta continua
Pois é dele a sua história
E o povo saiu à rua
Mandadores de alta finança
Fazem tudo andar p'ra trás
Dizem que o mundo anda
Tendo à frente um capataz
Eram mulheres e crianças
Cada um com o seu tijolo
Isto aqui era uma orquestra
Quem diz o contrário é tolo
E toca de papelada
Nos vaivéns dos ministérios
Mas hão-de fugir aos berros
Inda a banda vai na estrada
Inda a banda vai na estrada




Agir feat. Ana Bacalhau - Cantando Abril
Album Cantando Abril
date de sortie
01-05-2021



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