paroles de chanson O Avesso dos Ponteiros - Ana Carolina
Sempre
chega
a
hora
da
solidão
Sempre
chega
a
hora
de
arrumar
o
armário
Sempre
chega
a
hora
do
poeta
a
plêiade
Sempre
chega
a
hora
em
que
o
camelo
tem
sede
O
tempo
passa
e
engraxa
a
gastura
do
sapato
Na
pressa
a
gente
não
nota
que
a
lua
muda
de
formato
Pessoas
passam
por
mim
pra
pegar
o
metrô
Confundo
a
vida
ser
um
longa-metragem
O
diretor
segue
seu
destino
de
cortar
as
cenas
E
o
velho
vai
ficando
fraco
esvaziando
os
frascos
E
já
não
vai
mais
ao
cinema
Tudo
passa
e
eu
ainda
ando
pensando
em
você
Tudo
passa
e
eu
ainda
ando
pensando
em
você
Penso
quando
você
partiu,
assim,
sem
olhar
pra
trás
Como
um
navio
que
vai
ao
longe
e
já
nem
se
lembra
do
cais
Os
carros
na
minha
frente
vão
indo
e
eu
nunca
sei
pra
onde
Será
que
é
lá
que
você
se
esconde?
Tudo
passa
e
eu
ainda
ando
pensando
em
você
Tudo
passa
e
eu
ainda
ando
pensando
em
você
A
idade
aponta
na
falha
dos
cabelos
Outro
mês
aponta
na
folha
do
calendário
As
senhoras
vão
trocando
o
vestuário
As
meninas
viram
a
página
do
diário
O
tempo
faz
tudo
valer
a
pena
E
nem
o
erro
é
desperdício
Tudo
cresce
e
o
início
deixa
de
ser
início
E
vai
chegando
ao
meio
Aí
começo
a
pensar
que
nada
tem
fim
Que
nada
tem
fim
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