paroles de chanson Vagabundo Sagrado - Cirurgia Moral
Às
vezes
Deus
dá
um
par
de
asa
à
cobra
Às
vezes
Deus
se
comove
e
até
chora
Por
que
senão
por
um
bandido,
trambiqueiro
ou
um
fudido
Eu
nem
me
ligo
Às
vezes
bom,
às
vezes
mau
Se
liga,
no
cartel
é
Cirurgia
Moral
Ser
irmão
de
traficante
é
muitas
vezes
lucro
Por
outras
vezes,
quem
sabe,
um
luto
Me
vejo
na
beira
do
campo,
o
sol
rachando
Fico
observando,
imaginando
o
futuro
O
camarada
me
pergunta
o
que
estou
fazendo
Fico
"o
que
pensar?",
nessas
horas,
não
dá
pra
falar
A
vida
aqui
é
dura,
momento
inseguro
É
morte
ou
cadeia,
velar
algum
defunto
Mas
me
perdoa
meu
Deus
se
eu
estiver
errado
Se
eu
estiver
mentindo,
é
morte
nos
asfalto
Quero
esquecer,
quero
sobreviver
Assalto
drogaria,
é
matar
ou
então
morrer
Folgado
já
era,
aqui
o
medo
impera
Viver
de
atitude,
acende
uma
vela
Se
for
meu
caso,
eu
penso,
até
paro
Não
quero
muito,
apenas
ser
um
emissário
O
rap
faz
minha
cabeça,
é
sempre
luz,
sem
treta
O
meu
estilo
é
um
pisante,
uma
boina
e
uma
peita
Sou
igual
meus
irmãos,
Ceilândia
norte
ou
não
Qualquer
quebrada
ou
qualquer
situação
O
crime
te
convida,
você
ta
ligado?
Quem
sabe
você
pode
ser
um
vagabundo
sagrado
Vejo
uma
porrada
de
moleque
se
espelhando
em
mim
Se
fosse
no
meu
tempo
eu
queria
alguém
assim
Sem
se
gabar,
muita
história
pra
contar
Tem
muita
coisa
a
acreditar
Talvez
mudar
o
país,
sonho
é
sonho
Talvez
um
pouco
de
rango
sem
levar
um
tombo
Inevitável,
admirável,
conformável
Prossiga
você
mesmo
depende
do
estado
Onde
cresci,
vivi
e
me
criei
Um
lugar
sem
lei,
um
lugar
sem
fim
Mas
aí,
enfim,
eu
tô
ligado
Talvez
eu
possa
ser
um
vagabundo
sagrado
Eu
só
peço
a
Deus
um
pouco
de
malandragem
(malandragem)
Pois
sou
criança
e
não
conheço
a
verdade
Eu
só
peço
a
Deus
um
pouco
de
malandragem
(malandragem)
Pois
sou
criança
e
não
conheço
a
verdade
Aí
Otílio,
vivo,
correndo
risco
Toda
hora
é
hora,
capricha
no
destino
São
poucos
os
que
falam
o
que
tem
que
ser
dito
Aí
Facção,
um
abraço
então
Realidade,
assalto,
caixa
eletrônico
Ser
verdadeiro
é
foda,
às
vezes
incomoda
Droga,
violência,
assalto
a
pedestre
Quer
viver?
Peça
a
Deus,
reze
Os
cara
na
loucura,
canudo
ou
agulha
Se
derrubar,
um
abraço,
se
erro,
desculpa
Se
deixar
na
cadeira
é
mal
pra
você,
mesma
moeda
então
É
mandar
ver
Me
desculpa
quem
não
vive
assim
Periferia
é
gente
boa,
gente
ruim
Não
é
só
mulher
gostosa
Não
é
só
alegria,
viver
aqui
é
foda
Quem
tem
ideia
positiva
pra
falar
Tudo
bem,
eu
respeito,
cotidiano
é
pra
ficar
Nem
tudo
aqui
é
morte
e
decepção
Nem
tudo
aqui
é
vagabundo
e
ladrão
Mas
concordam
comigo,
quem
vive
aqui
sabe
É
muito
mais
bandidagem,
tem
que
ter
coragem
É
saber
se
conformar,
atitude
tomar
Em
qualquer
situação
cê
se
desdobrar
Eu
canto
o
que
vejo,
eu
canto
o
que
escuto
Eu
canto
a
favela,
periferia
é
de
luto
É
muito
snague
de
chegado
Quem
sabe
eu
possa
ser
um
vagabundo
sagrado?
Eu
só
peço
a
Deus
um
pouco
de
malandragem
(malandragem)
Pois
sou
criança
e
não
conheço
a
verdade
Eu
só
peço
a
Deus
um
pouco
de
malandragem
(malandragem)
Pois
sou
criança
e
não
conheço
a
verdade
Fome
de
jogar
bola,
mas
passa
a
bola
Tawan
Gomes,
essa
é
sua
vez,
vê
se
não
demora
Eu
não
desfaço
o
que
eu
sei
e
eu
sei
o
que
falo
Aí
comediante,
vai
tomar
no
rabo
Não
sei
se
você
sabe,
não
sei
se
tá
ligado
Não
sei
se
sua
vida
é
um
pouco
confortável
A
minha
não
foi,
eu
daria
um
doce
Se
fosse
por
você,
eu
veria
depois
Adiantava
um
lado
sem
queimar
ninguém
Sem
querer
uma
fama,
e
vou
mais
além
Posso
dizer
com
razão
e
com
orgulho,
vem
É
100%
Cirurgia,
sem
um
intruso
Não
tive
bom
emprego,
mal
os
meus
estudos
Mas
aí
me
virei
e
foi
aqui
no
mundo
No
qual
sei
muito
bem
do
qual
tirei
Do
qual
sobrevivi,
aqui
quem
fala
é
o
Rei
Nem
melhor,
nem
pior,
apenas
ligado
Periferia
é
assim,
é
sangue
no
asfalto
Enquanto
existir
começo,
meio
e
fim
História
pra
render,
talvez
até
pra
dormir
Enquanto
houver
assalto,
157
na
fita
Eu
não
queria
assim,
mas
assim
é
a
vida
Enquanto
houver
dinheiro,
cara
no
desespero
Enquanto
na
quebrada
existir
o
medo
Eu
vou
delatar,
nas
minhas
frases
rimar
Eu
vou
dizer,
o
sistema
vai
me
escutar
Enquanto
houver
morte,
eu
vou
falar
da
morte
Enquanto
houver
a
guerra,
eu
vou
falar
da
guerra
Em
toda
terra,
em
todo
território,
vei
Não
quero
ver
mais
ninguém
em
um
velório
Queria
falar
de
paz,
queria
ser
lembrado
Aqui
quem
fala
é
o
vagabundo
sagrado
Eu
só
peço
a
Deus
um
pouco
de
malandragem
(malandragem)
Pois
sou
criança
e
não
conheço
a
verdade
Eu
só
peço
a
Deus
um
pouco
de
malandragem
(malandragem)
Pois
sou
criança
e
não
conheço
a
verdade
Eu
só
peço
a
Deus
(por
respeito)
Eu
só
peço
a
Deus
(por
educação)
Eu
só
peço
a
Deus
(paz)
Eu
só
peço
a
Deus
(malandragem)
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