paroles de chanson Geni e o Zepelin - Cláudio Botelho, Davi Guilhermme, Estrela Blanco, Felipe Tavolaro, Lilian Valeska, Malu Rodrigues, Renata Celidônio & Soraya Ravenle
De
tudo
que
é
nego
torto
Do
mangue
e
do
cais
do
porto
Ela
já
foi
namorada
O
seu
corpo
é
dos
errantes
Dos
cegos,
dos
retirantes
É
de
quem
não
tem
mais
nada
Foi
assim
desde
menina
Das
lésbicas,
concubina
Dos
pederastas
amázio
É
a
rainha
dos
detentos
Das
loucas,
dos
lazarentos
Dos
moleques
de
ginásio
E
também
vai
amiúde
Com
os
velhinhos
sem
saúde
E
as
viúvas
sem
porvir
Ela
é
um
poço
de
bondade
E
é
por
isso
que
a
cidade
Vive
sempre
a
repetir
Joga
pedra
na
Geni!
Joga
pedra
na
Geni!
Ela
é
feita
pra
apanhar!
Ela
é
boa
de
cuspir!
Ela
dá
pra
qualquer
um!
Maldita
Geni!
Um
dia
surgiu,
brilhante
Entre
as
nuvens,
flutuante
Um
enorme
zepelim
Pairou
sobre
os
edifícios
Abriu
dois
mil
orifícios
Com
dois
mil
canhões
assim
A
cidade
apavorada
Se
quedou
paralisada
Pronta
pra
virar
geleia
Mas
do
zepelim
gigante
Desceu
o
seu
comandante
Dizendo:
"Mudei
de
ideia!"
Quando
vi
nesta
cidade
Tanto
horror
e
iniquidade
Resolvi
tudo
explodir
Mas
posso
evitar
o
drama
Se
aquela
formosa
dama
Esta
noite
me
servir
Essa
dama
era
Geni!
Mas
não
pode
ser
Geni!
Ela
é
feita
pra
apanhar
Ela
é
boa
de
cuspir
Ela
dá
pra
qualquer
um
Maldita
Geni!
Mas
de
fato,
logo
ela
Tão
coitada
e
tão
singela
Cativara
o
forasteiro
O
guerreiro
tão
vistoso
Tão
temido
e
poderoso
Era
dela,
prisioneiro
Acontece
que
a
donzela
(E
isso
era
segredo
dela)
Também
tinha
seus
caprichos
E
ao
deitar
com
homem
tão
nobre
Tão
cheirando
a
brilho
e
a
cobre
Preferia
amar
com
os
bichos
Ao
ouvir
tal
heresia
A
cidade
em
romaria
Foi
beijar
a
sua
mão
O
prefeito
de
joelhos
O
bispo
de
olhos
vermelhos
E
o
banqueiro
com
um
milhão
Vai
com
ele,
vai,
Geni!
Vai
com
ele,
vai,
Geni!
Você
pode
nos
salvar
Você
vai
nos
redimir
Você
dá
pra
qualquer
um
Bendita
Geni!
Foram
tantos
os
pedidos
Tão
sinceros,
tão
sentidos
Que
ela
dominou
seu
asco
Nessa
noite
lancinante
Entregou-se
a
tal
amante
Como
quem
dá-se
ao
carrasco
Ele
fez
tanta
sujeira
Lambuzou-se
a
noite
inteira
Até
ficar
saciado
E
nem
bem
amanhecia
Partiu
numa
nuvem
fria
Com
seu
zepelim
prateado
Num
suspiro
aliviado
Ela
se
virou
de
lado
E
tentou
até
sorrir
Mas
logo
raiou
o
dia
E
a
cidade
em
cantoria
Não
deixou
ela
dormir
Joga
pedra
na
Geni!
Joga
bosta
na
Geni!
Ela
é
feita
pra
apanhar!
Ela
é
boa
de
cuspir!
Ela
dá
pra
qualquer
um!
Maldita
Geni!
Joga
pedra
na
Geni!
Joga
bosta
na
Geni!
Ela
é
feita
pra
apanhar!
Ela
é
boa
de
cuspir!
Ela
dá
pra
qualquer
um!
Maldita
Geni!
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