paroles de chanson 1989 - Emicida
Lá
tinha
água
de
bica,
sem
caixa
e
torneira
Deságua
rica,
lá
da
cachoeira,
límpida
E
os
paralelepípedo
a
trepidar
Na
madeira
da
roda
das
carroça
Barulheira
(nossa)
Sombra
de
laranjeira'qui
Mangueira
pé
de
caqui
Caixa
de
feira
e
mulequi
Couro
de
lavadeira,
na
trilha
mulher'qui,
é
pilar
da
família
sem
pé
de
bréqui
Beira
de
brejo,
rego,
tinha
nego
quietim
pescando
manjubinha
Criame
de
porco,
matadô
de
galinha
Caçador
de
preá,
teú
e
ranzinha
Todo
dia
paz,
gritaria
e
caminhão
do
gás
Pré
escola,
meu
bom,
crepom
e
tenaz
Máquinas
de
costura,
chita
e
zaz-tráz
Puramente,
pura
gente,
jura,
quente,
ai
Hoje
veio
progresso,
pode
olhar
Asfalto
e
som
alto,
pode
olhar
Fumaça
e
concreto,
pode
olhar
Antena
e
contrato,
pode
olhar
Hoje
veio
progresso,
pode
olhar
Asfalto
e
som
alto,
pode
olhar
Fumaça
e
concreto,
pode
olhar
Antena
e
contrato,
pode
olhar
As
Kombi
trocava
garrafa
por
doce
Qualquer
que
fosse,
é,
gibi
de
amendoim,
oxi!
Paçoca,
quindim,
magina
o
enxame
de
vasilhame
ao
toque
das
buzina
Catequese,
comunhão,
salve
Cosmo
e
Damião
Oxalá,
Jesus,
despacho,
oração
Sonho
era
pião,
bola
de
capotão
E
nóis
barrigudim,
correndo
atrás
dos
caminhão
Arame
farpado
de
caco
de
vidro
no
muro,
colocado
já
deixava
seguro
Colchas
de
fuxico,
flores,
muito
rico
Cores
e
o
sonho:
Descer
de
barco
o
velho
chico
Homi,
conheço
todo
mundo
de
nome
São
leis
de
onde
crime
era
roubar
frutas
lá
no
japonês
Te
falar
rapaz
Chamam
de
cidade
grande,
mas
antes
parecia
mais...
Hoje
veio
progresso,
pode
olhar
Asfalto
e
som
alto,
pode
olhar
Fumaça
e
concreto,
pode
olhar
Antena
e
contrato,
pode
olhar
Hoje
veio
progresso,
pode
olhar
Asfalto
e
som
alto,
pode
olhar
Fumaça
e
concreto,
pode
olhar
Antena
e
contrato,
pode
olhar
Eles
me
oferecem
contratos
de
milhão
Pra
mim,
sozinho
Eu
penso
e
digo
não
Porque
meu
sonho
é
tudo
baratinho...
C
ontratos
de
milhão
Pra
mim,
sozinho
Eu
penso
e
digo
não
Porque
meu
sonho
é
tudo
baratinho...
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