paroles de chanson Tudo Que Não Era Esgoto - Jay Vaquer
No
início,
discretamente
Aquele
esgoto
imenso
a
céu
aberto
se
fez
Oriundo
de
um
cano
estourado
Na
esquina
da
rua
da
miséria
com
a
avenida
estupidez
Contaminava
sem
pudor
Os
arredores
de
um
bairro
imenso
Tão
afastado
das
chances
Ignorado
em
consenso
Com
o
tempo,
a
vala
foi
ficando
muito
à
vontade
Crescendo
e
aparecendo
nessa
comunidade
Já
não
incomodava
quem
morava
por
lá
Se
o
cheiro
agradava,
que
outro
cheiro
cheirar?
Tudo
que
não
era
esgoto
agora
fedia
Tudo
que
não
era
esgoto
fedia
Inclusão
salutar
trouxe
consigo
esse
cheiro
próprio
Negócio
lucrativo
comercializar
a
bosta
feito
ópio
Então
o
cocô
exalava
um
bálsamo
de
primeira
Então
a
boa
era
feder
de
qualquer
maneira
Então
quase
ninguém
queria
ser
agulha
no
pardieiro
Então
viva
o
borogodó
do
mulato
inzoneiro
Se
espalhou,
dominou,
tomou
conta
de
todo
o
país
Na
sarjeta
imunda,
orgulho
entranhado
até
criando
raiz
Podridão
difundida,
patrimônio
cultural
E
quem
não
curtisse
aquilo,
era
débil
mental
Desde
a
mais
tenra
idade,
crianças
já
brincavam
contentes
Alimentando
mosquitos
e
vermes
sorridentes
Uma
parte
da
memória,
tradição,
costume:
Banhos
demorados,
estrume
era
o
perfume
Tudo
que
não
era
esgoto
agora
fedia
Tudo
que
não
era
esgoto
fedia
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