paroles de chanson Fora do Vulgar - João Pedro Pais
Demasiado
racional
para
entender
seja
o
que
for
Demasiado
emocional
para
lidar
com
o
amor
Se
as
palavras
simplificam
o
presuposto
complicado
Elas
também
abrem
espaço
Para
o
monstro
fechado
que
há
em
nós
Meu
espelho
não
é
feito
de
vidro
trabalhado
Ele
é
feito
de
vocábulo
nem
sempre
cuidado
Não
é
bom
guardar
a
raiva,
convém
deixá-la
sair
Preparando
o
coração
para
aquilo
que
há
de
vir
Que
pai
é
este
que
está
sentado
na
sala?
Que
mãe
é
esta
que
te
ama
e
não
te
abraça?
Que
irmã
é
essa
que
te
inveja
e
se
cala?
Quem
é
o
homem
que
te
beija
e
agarra?
Que
mãos
são
estas
que
me
tocam
enquanto
durmo?
Que
rua
é
esta
onde
me
perco
em
quanto
corro?
Quem
são
os
olhos
que
nos
espreitam
no
escuro?
Quem
é
o
anjo
que
me
salva
enquanto
morro?
Se
Deus
os
culminasse
Se
a
vida
os
levasse
Se
a
calúnia
os
matasse
Eu
dou,
tu
dás,
eu
quero,
tu
és,
eu
sou
Quem
são
aqueles
que
estão
deitados
na
estrada
Desesperados
que
perderam
a
esperança?
Onde
estão
os
que
foram
enganados?
Onde
estão
os
que
têm
a
bonança?
Quem
são
aqueles
que
esbanjam
o
que
roubaram
Aos
que
venceram
e
lutaram
pelo
povo?
Quem
são
os
outros
que
partiram
e
não
voltaram?
Esperam
a
vez
para
renascer
de
novo
Se
Deus
os
culminasse
Se
a
vida
os
levasse
E
se
a
calúnia
os
matasse
Eu
dou,
tu
dás,
eu
quero,
tu
és,
eu
Se
Deus
os
culminasse
Se
a
vida
os
levasse
E
se
a
calúnia
os
matasse
Eu
dou,
tu
dás,
eu
quero,
tu
és,
eu
sou
Valeu,
João,
hã
E
mano
Carlão
aqui
de
coração
na
mão
Estamos
juntos
Sempre!
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