paroles de chanson Mala Amarela - Lourenço & Lourival
Era
quatro
e
meia
passava
um
pouquinho
Um
fosco
clarinho
rasgava
o
varjão
Era
o
trem
noturno
que
vinha
apontando
E
logo
parando
na
velha
estação
Meu
corpo
tremia,
meus
olhos
molhados
O
meu
pai
do
lado
e
a
mala
no
chão
Beijei
o
seu
rosto
e
disse
na
hora
O
mundo
lá
fora
me
espera,
paizão
Entrei
no
vagão,
corri
pra
janela
E
a
mala
amarela
do
velho
eu
catei
O
trem
deu
partida,
soqueou
bruscamente
Ali
novamente
sua
mão
eu
beijei
Um
pouco
pra
diante
vi
minha
casinha
E
a
minha
mãezinha
de
pé
no
portão
Ela
não
me
viu
no
trem
na
corrida
Ouvi
as
latidas
do
velho
sultão
Um
certo
senhor
da
poltrona
vizinha
Dizia
que
vinha
do
Paranazão
Me
disse
também,
num
jeito
cortês
É
a
primeira
vez
que
deixo
o
sertão
Pedi
seu
conselho
e
ele
me
disse
Seu
moço,
a
velhice
é
dura
demais
Eu
sou
bem
mais
velho
e
posso
aconselhar
É
duro
ficar
distante
dos
pais
Eu
nunca
esqueci
o
que
o
velho
falou
O
tempo
passou
e
pra
casa
voltei
Quem
fica
distante
jamais
se
conforma
Lá
na
plataforma
meus
pais
avistei
Desci
comovido
abracei
ele
e
ela
E
a
mala
amarela,
meu
filho?
Eu
não
vi
Meu
pai
acredite
na
fala
de
um
homem
Pra
não
passar
fome,
a
mala
eu
vendi
Que
pena,
que
pena,
era
minha
lembrança
Que
eu
trouxe
de
herança
do
seu
avô
Mas
deixa
pra
lá,
eu
vou
esquecer
A
herança
é
você
e
você
já
voltou
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