paroles de chanson Há de Trazer - Nego E
Era
dia
31,
cê
pediu
pra
sair
Fala
com
seu
Ori,
pergunta
ali
se
já
preparavam
o
terreno
Seu
pranto
incomum,
era
um
canto
pra
subir
Ouviu-se
aos
quatro
cantos
seu
choro
sereno
Foge
de
daninhas,
venenos
Afoito,
luto
por
sonhos
plenos
em
dias
amenos
Ouvi
dos
adultos,
oito
colhendo
frutos
Pequeno,
matuto,
não
aceite
o
insulto
Você
é
preto
e
não
moreno
Toma
seu
machado,
o
que
quiser
conquista
Corta
o
mal
pela
raiz,
você
colhe
o
que
planta
Calado,
sua
cabeça
é
seu
guia
ou
seu
turista?
Leva
água
na
cabaça,
já
é
hora
da
janta
O
futuro
é
incerto
e
o
presente
é
muito
breve
Por
isso
nunca
carregue
mais
passado
do
que
deve
Cabelo
solto
e
sem
roupas,
corpo
e
mente
leve
Controle
o
barco
e
navegue,
de
vento
em
popa
Oyá
ê,
vai
viver
Se
sorrir,
fazer
valer
Teu
caminho
vai
dizer
O
que
a
vida
há
de
trazer
O
que
a
vida
há
de
trazer
Karapá
não
era
nada
ao
comparar
com
os
cara
pálida
Que
vai
encontrar,
sozinho
desvia
de
espinhos
Caminho
na
terra
árida
ao
calar
da
noite
cálida
Sua
voz
só
se
faz
válida
assim
que
deixa
o
ninho
Um
paraíso
longe
do
terror,
terra
firme,
tava
logo
ali,
quando
me
Vi
entre
crimes
e
filmes,
perfurações
ou
perfumes
Sem
capuz,
me
dispus
a
viver
livre
de
Ciúmes,
chorumes
e
maus
costumes
Entrei
na
fenda,
abri
espaço,
salvei
o
passáro,
f
Ugi
do
gambé
do
gambá,
ajeita
o
patuá
a
pé,
cavei
ali
Tirei
a
venda,
olhei
pra
alto,
O
mundo
é
bem
maior,
voei
e
domei
o
javali
No
céu
um
borrão,
menino
turrão,
voltando
pra
casa
imundo
Tímido,
não
carrancudo
Passeia
no
barracão,
precisava
de
um
empurrão
pra
conquistar
o
mundo
Oyá
ê,
vai
viver
Se
sorrir,
fazer
valer
Teu
caminho
vai
dizer
O
que
a
vida
há
de
trazer
O
que
a
vida
há
de
trazer
Olhando
mais
pra
Lua
e
menos
pra
vitrines
Não
queira
que
as
magazines
aqui
te
ensinem
Assine
um
contrato
com
seu
eu,
mude
quando
e
quanto
precisar
Decline
um
contrato
com
quem
não
quer
seu
bem
estar
Bolas
de
capotão
no
mato,
contra
capitães
do
mato
Mais
de
mil
bolinhas
de
gude
num
saco
Fruta
do
pé,
descalço,
manso,
riacho,
banho,
malaco
Num
grude,
mas
fugindo
dos
buraco
Num
barraco
um
velhaco
maluco
e
seu
tabaco
Ao
fundo
um
som
de
cavaco,
vivia
sem
perícia
Sua
mãe
preocupada
com
pequenino
fraco
Hoje
diz:
"leva
o
casaco
e
cuidado
com
a
polícia"
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