paroles de chanson Lua Negra - Nego E
No
início:
trevas,
hoje:
Trayvons,
Cláudias,
Amarildos
Ainda
vivos,
contra
os
mil
do
Reich
moderno,
The
Great
Black
Panther
Heist
Não
hiberno,
sem
descanso
no
inverno
encontro
o
zeitgeist
Qual
paz
te
acalma?
Vaias,
palmas
ou
traumas
Salvos
pelos
salmos,
sangue,
suor
e
saliva
Voz
ativa,
dá
mais
uma,
capta
o
mal
da
Captura
do
capital,
dentro
da
sua
Captiva
Cadê
a
lei
do
ventre
livre
quando
uma
preta
é
estuprada?
A
noite
vi
minha
mãe
com
insônia
Por
não
saber
se
eu
ia
cair
numa
cena
forjada
(açoite)
O
perfume
das
ruas
cheira
Brasil
Colônia
Ferguson
é
Pinheirinho,
amônia
e
Pinho
Sol
não
tira
o
podre
Que
sai
do
lençol
e
da
cabeça
no
travesseiro
É
Baltimore,
batem
mais
e
descartam
o
coldre
Qual
é
o
preço
da
passagem
pro
navio
negreiro?
O
oceano
virou
asfalto
Por
que
tinha
um
corpo
no
chão
se
disseram
"mãos
ao
alto"?
Morteiros,
ligeiro,
essa
cena
eles
cortam
Com
punho
erguido,
grito
Vidas
Negras
Importam
Você
me
odeia
né?
Como
eu
me
visto,
como
eu
falo,
como
ando,
como
ajo
E
reafirmo
meu
crespo
sim
Você
me
odeia
né?
E
mais
o
fato
que
entre
todos
os
exemplos
que
cê
deu
Seu
filho
ainda
quer
ser
igual
a
mim
Minha
irmã
abre
a
revista
e
não
se
enxerga
Hora
de
tomar
os
palcos,
chega
de
ser
só
contra
regra
Mortos
hoje
foram
vinte
mesmo,
sem
vitimismo,
cê
nega
Nos
olhos
de
quem
vê
sua
justiça
é
cega
A
minha
chance
é
remota,
nos
oferecem
derrota
Ainda
mais
se
caio
no
raio
do
caminho
da
Rota
Um
poço
de
estereótipos,
trata
como
objeto,
nota
O
pau
grande,
a
mal
comida,
a
revoltada,
o
da
cota
A
mulata,
a
nem
tão
preta,
o
atleta,
o
primata
Primeiros
que
a
Pm
só
pergunta
depois
que
mata
Pra
sua
blackface
trago
cimento
e
não
tinta
Afrofuturistas
como
se
apanhamos
como
1830?
Sai
de
casa
sem
saber
se
volto,
eu
pareço
suspeito?
Por
que
você
tá
me
seguindo,
eu
pareço
suspeito?
Eu
não
consigo
respirar,
ainda
pareço
suspeito?
Para
de
atirar,
eu
parecia
suspeito?
Para
de
atirar,
eu
parecia
suspeito?
Para
de
atirar,
eu
parecia
suspeito?
Para
de
atirar,
eu
parecia
suspeito?
Somos
netos
e
netas
daquelas
Que
vocês
não
conseguiram
matar
Nos
arrancaram
de
nossas
terras
Tiraram
nossos
sobrenomes
Nos
colocaram
em
guerra,
nos
fizeram
passar
fome
Reduziram
educação
e
o
alimentar
Foi
trocado
por
regime
militar
Vidas
Negras
Importam,
Vidas
Cidade
é
selva
e
nós
somos
alvos
De
senhores
calvos
de
pele
alva
Crescendo
sem
saber
se
seremos
avós
e
avôs
Morre
mais
um
Silva
e
ninguém
salva
Puseram
armas
na
trilha
e
nós
querem
de
cobaia
Fugi
das
armadilhas,
preparei
a
tocaia
Apaguem
tochas
e
velas,
quebrem
correntes
da
celas
E
se
casa
grande
das
telas
queimasse
igual
as
favelas?
Orgulho
das
cicatrizes,
pretos
e
pretas
felizes
Cai
1,
nasce
mais
30,
livres,
sementes
e
raízes
Somos
reis,
rainhas,
donos
de
tronos
do
início
ao
fim
Vim
cobrar
e
saber
porque
o
senhor
atirou
em
mim
Qual
a
ameaça?
Do
que
eu
sou
culpado?
Sou
suspeito
de
que?
O
que
eu
to
fazendo
errado?
Vingança
é
banquete,
ouro,
pratas
e
bronze
Se
tenho
motivos
pra
tudo
isso?
No
mínimo
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