paroles de chanson Rotina - Preto
Essa
é
uma
história
que
parece
normal
Parecida
com
outras,
mas
um
outro
final
Tive
sorte,
foi
o
destino
que
quis
Que
passasse
por
essas
pra
entender
o
que
eu
fiz
De
errado
e
certo,
eu
não
sei
dizer
Mas
com
certeza
os
fatos
me
fizeram
entender
Era
domingão,
calor
demais,
um
sol
pra
cada
Eu
e
o
Tocão
se
sentindo
em
um
Opala
A
caminho
de
casa,
sem
camisa,
som
no
talo
Sem
dever
nada,
passamos
no
mercado
Ao
entrar
pra
estacionar,
eu
já
pude
avistar
Pelo
retrovisor,
duas
barca
logo
atrás
Já
deram
o
farol,
mas
eu
nem
me
liguei
Que
dessa
vez
era
nóis
a
bola
da
vez
Parei,
desliguei,
saímos
tranquilos
Desespero
dos
gambé,
apontando
arma
e
dando
grito
Mãos
pro
alto!
Não
entendi
nada
Os
cana
ficaram
foda
porque
eu
tava
dando
risada
Falou
pra
mim
que
eu
iria
rir
depois
Fiquei
na
moral,
pra
não
piorar
pra
nós
dois
Revistaram
o
carro,
encostaram,
me
julgaram
E
queriam
saber
de
quem
era
e
perguntaram
Onde
tava
a
droga,
onde
iria,
quem
são
vocês?
O
dinheiro
que
eu
tava,
fui
pegar
quase
apanhei
Nesse
momento,
o
mercado
tava
olhando
Apontando,
sorrindo
ou
até
nos
julgando
Mas
o
que
parece
rotina,
é
sempre
igual
Abordam
os
pretos,
racismo
estrutural
Tantas
histórias
parecidas,
com
outro
roteiro
Seria
diferente,
se
não
fôssemos
pretos?
O
que
seria
diferente
na
madrugada
escura?
Um
carro
abandonado,
dois
pretos
dentro
da
viatura
Vai!
Mas
em
Rio
Preto
também
outra
rotina
estressante
No
caminho
da
turnê,
uma
batida
flagrante
Perdidos
na
cidade
procurando
endereço
Cinco
caras
dentro
do
prêmio,
imagina
o
preço
Pros
gambé
da
cidade
era
só
mais
um
alvo
Já
era
noite,
carro
cinza,
placa
de
São
Paulo
Cheque-mate
errado,
uma
jogada
perdida
Blefaram
no
jogo,
cheiradão
de
cocaína
Já
saímos
daquele
jeito,
de
quem
é
quebrada
Sorrisos
de
raiva,
estampados
na
cara
Encostados
na
parede,
julgamento
de
rotina
Quatro
viaturas,
imagina
a
adrenalina
O
contratante
chegou
e
tentou
explicar
Que
estávamos
atrasados
e
iríamos
tocar
E
a
partir
dali
mudou
totalmente
Perguntaram
se
era
pagode
e
quem
era
a
gente
Mesmo
assim,
o
sargento
falava
demais
Se
sentindo
Deus,
quis
abrir
o
porta-malas
Sem
pressa,
fui
abrir
pro
gambé
folgado
Foi
assim
que
ele
viu
o
bagageiro
lotado
Bateu
nele
a
preguiça
de
sempre
Não
quis
mexer
em
nada
e
mandou
seguir
em
frente
Foi
assim
também
que
a
rotina
se
manteve
Mais
uma
batida
rotineira,
em
cima
da
gente
Seguimos
nosso
caminho,
acabou?
Talvez
A
expectativa
fica,
qual
será
a
próxima
vez?
Que
seremos
parados,
tratados
como
suspeitos
Sendo
violado
qualquer
um
dos
direitos
De
andar
por
ai
sem
temer
o
que
vem
Pros
pretos
terá
que,
sempre
um
porém
De
se
preparar
e
viver
mantendo
a
sina
Sem
saber
o
que
te
aguarda
na
próxima
esquina
Vai!
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