paroles de chanson Logo que passe a monção - Ao vivo - Rui Veloso
Num
banco
de
névoas
calmas
Quero
ficar
enterrado
Num
casebre
de
bambú
Na
minha
esteira
deitado
A
fumar
um
narguilé
Até
que
passe
a
monção
Enquanto
a
chuva
derrama
Sua
triste
canção
Sei
que
tenho
que
partir
Logo
que
suba
a
maré
Mas
até
ela
subir
Volto
a
encher
o
narguilé
Meu
capitão
Já
é
hora
de
partir
e
levantar
ferro
Não
me
quero
ir
embora
Diga
que
foi
ao
meu
enterro
Deixem-me
ficar
deitado
A
ouvir
a
chuva
a
cair
Eu
ainda
estou
acordado
Só
tenho
a
alma
a
dormir
Como
a
folha
do
bambú
A
deslizar
na
corrente
Apenas
presa
ao
mundo
Por
um
fio
de
água
morrente
Nos
arrozais
morre
a
chuva
Noutra
água
há
de
nascer
Abatam-me
ao
efetivo
Também
eu
me
vou
sem
morrer
Para
quê
ter
de
partir
Logo
que
passe
a
monção
Se
encontrei
toda
a
fortuna
No
lume
deste
murrão
Ópio,
bendito
ópio
Minhas
feridas
mitiguei
Meu
balsamo
para
a
dor
de
ser
Em
ti
me
embalsamei
Ópio,
maldito
ópio
Foi
para
isto
que
cheguei
Uma
pausa
no
caminho
Numa
névoa
me
tornei
Ópio,
maldito
ópio
Minhas
feridas
mitiguei
Meu
balsamo
para
a
dor
de
ser
Em
ti
me
embalsamei
Ópio,
maldito
ópio
Foi
para
isto
que
cheguei
Uma
pausa
no
caminho
Numa
névoa
me
tornei
Numa
névoa
me
tornei
Numa
névoa
me
tornei
Numa
névoa
me
tornei
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