Stray - Aguardente paroles de chanson

paroles de chanson Aguardente - Stray



queria um amor igual ao amor dos meus pais
queria um amor igual ao amor do meu cães
Mas eu vejo um bicho em mim, impossível de querer
Ainda sim os meus botões não me pedem para morrer
Falta-me o cheiro a vida, a pólvora no sangue
A aguardente de um homem, o peito de uma árvore
A tosse de um pássaro e a cantiga de um tratante
Falta-me o meu rosnar e a tua vontade
Fui eu quem me tratou abaixo de cão (mas não)
Quem me pisou abaixo do chão (e então)
Mandei-me ao lagar, fui benzido
Ou fico mais forte ou destilo
queria dormir como dorme esta terra
Estender-me no chão, servir de manta à poeira
A morte não traz uma foice mas uma enxada
Ando descalço porque sei para onde vão estas ossadas
Vivo sobre um joelho, a honra é uma intrujice
Estas lágrimas limpam-me as nódoas e nada mais que isso
comi os espinhos, bebi do vinho benzido
Mas a minha vergonha foi pegar o fogo ao ninho
Fui eu quem me tratou abaixo de cão (mas não)
Quem me pisou abaixo do chão (e então)
Mandei-me ao lagar, fui benzido
Ou fico mais forte ou destilo
Deixa-me contar-te o que me diz este litro
Trabalhar não é bom nem digno, é castigo
Ninguém neste aido é honesto se é rico
Tenho cara de guaxinim mas sou castiço
dias em que corro o trinco ao postigo
Fecho-me na botelha até levar sumiço
Ou protejo a cachimónia ou cachimbo o instinto
quero ver o inferno fazer o pino
Fui eu quem me tratou abaixo de cão (mas não)
Quem me pisou abaixo do chão (e então)
Mandei-me ao lagar, fui benzido
Ou fico mais forte ou destilo



Writer(s): Pedro Tavares, Rui Santos


Stray - RAFEIRO
Album RAFEIRO
date de sortie
16-12-2021




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