paroles de chanson Velho Casarão - Teixeirinha
(Esses
versos
quero
oferecer
para
irmão
e
amigo
Agenor
Alves
dos
Santos)
Velho
casarão
já
quase
tapera
Da
grande
figueira
sombreando
o
telhado
Se
ela
falasse
contava
a
história
De
quem
lhe
plantou
há
um
século
passado
Mas
como
eu
sou
neto
de
quem
lhe
plantou
Eu
conto
a
história,
casarão
amado
Nas
suas
paredes
tem
furo
de
bala
Das
revoluções
que
a
história
fala
Serviu
de
trincheira,
a
varanda
e
a
sala
P'ra
seu
construtor,
meu
avô
afamado
Ali
meu
avô
os
doze
filhos
criou
Sou
filho
de
um
que
empunhou
a
bandeira
Meu
avô
morreu
e
ficou
o
meu
pai
Mandando
na
estância
pela
vida
inteira
Meus
tios
foram
embora
pra
outra
querência
Ficou
o
casarão
que
foi
sempre
trincheira
Na
frente
o
meu
pai
seu
chimarrão
tomava
Comigo
no
colo
ele
me
embalava
Com
a
minha
mãe
os
dois
cantarolavam
Para
mim
dormir
na
sombra
da
figueira
(Êh
tempinho
que
não
volta
mais)
Lá
por
trinta
e
dois
houve
outra
revolta
As
forças
chegaram
e
foram
invadindo
Meu
pai
minha
mãe
abraçados
aos
fuzis
Velho
casarão
outra
vez
resistindo
Lá
do
meu
berço
eu
sai
engatinhando
Pra
ver
e
ouvir
a
bala
zunindo
As
forças
recuaram
acabou
a
desgraça
A
figueira
grande
abafou
a
fumaça
Meu
pai
demonstrou
ter
ficado
com
a
raça
Do
meu
velho
avô
que
brigava
sorrindo
(Ele
sorria
e
ia
cortando
fundo,
barbaridade!)
Casarão
querido
da
grande
figueira
Ali
fiquei
moço
faceiro
e
pachola
Meu
pai
me
ensinou
a
ser
bom
cantador
E
o
primeiro
acorde
de
uma
viola
Depois
veio
a
morte
e
levou
os
meus
pais
Saí
pelo
mundo
minha
fama
minha
rola
Quando
eu
ficar
velho,
velho
casarão
Volto
pra
contigo
tombar
no
chão
Da
grande
figueira
quero
o
meu
caixão
E
pra
minha
alma
o
céu
por
esmola
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