Текст песни O Natal do Moleiro - Alfredo Marceneiro
Que
noite
de
Natal
tristonha,
agreste
De
neve
amortalhava-se
o
caminho
O
vento
sibilava
do
nordeste
Nas
frinchas
das
porta
do
moinho
Sentada
à
velha
mó
já
carcomida
Onde
incidia
a
luz
duma
candeia
O
moleiro
de
barba
encanecida
Com
a
mulher
comia
a
parca
ceia
Próximo
do
moinho,
ouviu-se
em
breve
Uma
voz,
e
o
moleiro
abrindo
a
porta
Viu
um
velhinho
todo
envolto
em
neve
Vergado
ao
peso
duma
esperança
morta
Entrai,
meu
peregrino
da
desgraça
Disse
o
moleiro
ao
pálido
ancião
Aqui
não
há
dinheiro,
existe
a
graça
De
haver
carinho,
piedade
e
pão
Vinde
comer,
agasalhar-se
ao
lume
Festejar
o
nascer
do
Deus
Menino
Porque
a
vida
somente
se
resume
Na
escravidão
imposta
pelo
destino
E
então
o
velhinho,
numa
voz
sonora
Pronunciou,
levando
as
mãos
ao
peito
Abençoado
seja
a
toda
a
hora
Este
moinho
que
é
por
Deus
eleito
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