Lyrics A Morte do Vaqueiro - Luiz Gonzaga , Gonzaguinha

Êi... gado Oi.!
Êêêê
Raimundo vaqueiro
Raimundo Jacó
Raimundo doido
Raimundo meu primo!
Foi o maior vaqueiro que eu conheci na minha vida
Tinha um aboio que era uma beleza, aquele sim!
Aquele sabia aboiar
Aprendi a aboiar com ele
Morreu na luta!
Morreu na labuta!
Na madeira, na lenha braba!
E ainda por cima
Morreu "matado" covardemente...
A justiça do homem deu pro mundo!
Nem inquérito abriu...
Só sobrou mesmo essa canção que eu lhe dediquei!
A morte do vaqueiro
Não só a canção...
Como a missa do vaqueiro, que foi criada em homenagem á sua alma...
Raimundo!, Teu primo tá aqui Raimundo!
Denunciando a covardia dos "homi"
Desinteresse da lei!
Para defender o pobre!
Morto covardemente, por interesses políticos!
Numa tarde bem tristonha
(Numa tarde bem tristonha...)
Gado muge sem parar
(Gado muge sem parar...)
Só lembrando do vaqueiro que não vem mais aboiar
(Mais aboiar...)
Não vem mais
(Não vem mais...)
Aboiar
(Aboiar...)
Tão dolente
(Tão dolente...)
A cantar
(A cantar...)
Tengo, lengo, tengo, lengo, tengo, lengo, tengo
Tengo, lengo, tengo, lengo, tengo, lengo, tengo
Êi, gado Oi!
Bom vaqueiro nordestino
(Bom vaqueiro nordestino...)
Morre sem deixar tostão
(Morre sem deixar tostão...)
O seu nome é esquecido nas quebradas do sertão
(Nas quebradas do sertão...)
Nunca mais
(Nunca mais...)
Ouvirão
(Ouvirão...)
Sei cantar
(Seu cantar...)
Meu irmão
(Meu irmão...)
Tengo, lengo, tengo, lengo, tengo, lengo, tengo
Tengo, lengo, tengo, lengo, tengo, lengo, tengo
Êi, gado Oi!
Sacudido numa cova
(Sacudido numa cova...)
Desprezado do senhor
(Desprezado do senhor...)
Só lembrado do cachorro que ainda chora a sua dor
(A sua dor...)
É demais
(É demais)
Tanta dor
(Tanta dor...)
A chorar
(A chorar...)
Com amor
(Com amor...)
Tengo, lengo, tengo, lengo, tengo, lengo, tengo
Tengo, lengo, tengo, lengo, tengo, lengo, tengo
Êi, gado Oi!