Lyrics A Vida Como Ela É - Realidade Cruel
Veja
só
a
vida
como
ela
é,
Demorou,
mas
eu
aprendi
que
não
basta
apenas
ter
fé,
Pra
sobreviver
aqui
no
dia
á
dia,
Com
uma
par
de
viciado,
ladrão
e
uma
par
de
polícia,
Vejo
o
moleque
caído
no
chão,
Desesperado
com
o
revólver
na
mão,
Pede
socorro,
ele
grita,
ele
chora,
Com
a
mão
na
barriga
e
o
sangue
pra
fora,
Quatro
tiros
sem
dó,
sem
piedade,
Da
pedra
no
estômago,
no
peito
sem
piedade,
Chegaram
chegando
num
carro
metendo
bala,
Um
SANTANA
prata,
quatro
portas
sem
placa,
Em
plena
luz
do
dia
ali
no
local,
Sem
ambulância,
ocorrência
nem
hospital,
É
lastimável
eu
sei
é
lamentável
mano,
Mas
aqui
coisas
assim
já
não
me
causam
espanto,
Por
que
a
chuva
que
cai
sobre
a
favela,
Os
malucos
na
viela
fumando
uma
vela,
Mesmo
assim
o
tráfico
não
para,
Põe
uma
pedra
e
uma
cinza
no
cachimbo
depois
vira
fumaça,
Tem
mano
que
penhora
som,
bota
o
carro,
Tem
mano
que
troca
até
o
barraco,
Acaba
com
tudo
que
tem
dentro
de
casa,
Espanca
a
própria
mãe
e
enche
os
filhos
de
porrada,
É
demorou,
mas
eu
aprendi
que
não
basta
apenas
ter
fé,
É
a
vida,
a
vida
como
ela
é.
Refrão:
Esta
é
a
vida
de
muitos
na
periferia,
Tristeza
e
agonia,
correria
noite
e
dia,
Esta
é
a
vida
de
muitos
na
periferia,
Na
periferia,
na
periferia.
Será
que
aquele
mano
era
culpado,
me
diga,
De
ter
roubado
para
sustentar
sua
própria
família,
Sou
testemunha,
mano
eu
cansei
de
ver,
O
cara
se
matando
pra
sobreviver,
Com
sua
mulher
e
três
crianças
numa
casa
alugada,
E
um
salário
filho
da
puta
que
não
dava
pra
nada,
Assassinado
pela
polícia
com
vários
tiros
na
cara,
Tentando
assaltar
numa
agência
bancária,
É
cruel,
eu
sei
que
é
foda,
é
triste,
Mundo
do
crime,
ladrão
e
uma
par
de
calibre,
Eu
tiro
como
exemplo
pra
mim
mesmo,
Quando
me
lembro
dos
manos
que
já
morreram,
Na
mão
da
polícia,
na
mão
de
ladrão,
Numa
quebrada
sinistra
ou
numa
cela
de
prisão,
Não,
é
bem
pior
do
que
uma
ferida,
Que
nunca
fecha,
que
nunca
cicatriza,
Olho
pro
céu
e
peço
pra
Deus
me
guiar,
Pra
que
nenhum
filho
da
puta
tente
um
dia
me
atrasar,
Com
um
tiro
de
doze,
uma
rajada
no
peito,
Na
lei
do
inferno
sou
mais
um
prisioneiro,
Preferia
que
fosse
bem
melhor,
Ao
invés
de
ver
meu
povo
se
acabando
no
pó,
Não
ladrão,
não
sangue
bom,
Não
irmão,
por
favor
não,
É
bem
melhor
viver
a
vida,
De
uma
forma
digna
sadia,
Com
sua
esposa,
filhos,
família,
Sobreviver
um
dia
após
um
dia,
Demorou,
mas
eu
aprendi
que
não
basta
apenas
ter
fé,
É
a
vida,
a
vida
como
ela
é.
Refrão
A
vida
aqui
não
é
como
a
fita
de
videocassete,
Que
você
adianta,
para
ou
rebobina,
Não
é
como
as
crianças
se
divertindo
na
creche,
É
muito
mais
triste
do
que
você
imagina,
Ter
uma
casa,
um
carro,
um
telefone,
Ter
um
trampo
descente
na
vida
ser
um
homem,
Mas
nem
tudo
parceiro
é
como
a
gente
quer,
É
ou
não
é,
a
vida
como
ela
é,
Uma
mina
me
diz
que
quer
parar,
De
cheirar
cocaína
e
de
roubar,
Já
um
moleque
mais
ou
menos
de
14
anos,
Olha
e
me
diz
que
já
matou
uma
par
de
fulano,
Com
oitão
niquelado
cromado
ele
fala,
Se
desandar,
deixa
brecha
eu
meto
bala,
Não
to
nem
aí
com
porra
nenhuma
Pra
mim
tanto
faz
a
cadeia
ou
a
sepultura,
Reportagem
no
noticiário,
Quatro
pessoas
encontradas
dentro
de
um
barraco,
Alguns
vestígios,
nenhuma
pista,
Alguns
cachimbos,
algumas
gramas
de
cocaína,
A
vida
aqui
vale
muito
pouco,
Ainda
mais
na
mão
de
um
mano
muito
louco,
Com
uma
semi-automática
na
cinta,
No
farol
ou
numa
de
esquina,
Aterroriza,
congela
a
sua
alma,
Te
põe
em
pânico,
tira
a
sua
calma,
Demorou,
mas
eu
aprendi
que
não
basta
apenas
ter
fé,
É
a
vida,
a
vida
como
ela
é.
Refrão.
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