paroles de chanson Romance Que o Tempo Escreveu - Fabio Soares
Os
ventos
espalham
saudades
na
noite
inverneira
E
o
canto
das
corucacas
é
cincerro
pra'o
dia
Que
no
oeste
se
vai
com
o
sol
camperear
outros
campos
Deixando
na
noite
que
chega
um
ar
de
nostalgia
São
repontes
que
a
alma
silente
faz
junto
do
peito
Ruminando
o
que
se
viveu
num
tempo
passado
Tempos
idos
de
farta
alegria
e
até
desencontros
Puros
fatos
que
teceram
meu
jeito
e
conduziram
meu
fado
E
entre
um
mate
e
outro
reconto
nos
causos
ao
pé
do
braseiro
Convidando
pra
prosa
a
maior
singeleza
de
um
pinho
chorão
E
as
corujas
da
noite
nem
piam
escutando
os
lamentos
Bordoneados
de
afeto,
junto
à
noite
trigueira
na
paz
do
galpão
Meu
eterno
romance
que
o
tempo
escreveu
Ter
saudades
da
vida
que
longe
se
vai
Os
tempos
de
piá
ou
algum
mal
me
quer
Um
dia
de
outono
que
da
lembrança
não
sai
Afinal
o
passado
– de
mango
na
mão
–
é
que
enfrena
o
presente
num
passo
seguro
E
nesta
cronologia
tão
pouco
pensamos
Que
esse
mesmo
presente
já
foi
nosso
futuro
"Por
vezes
ronda
o
mistério
de
momentos
repetidos
Como
se
em
algum
instante
aquilo
já
fora
vivido
Será
que
não
são
saudades
a
vasculhar
a
lembrança
Tentando
unir
no
presente
o
que
encontrou
semelhança?"
1 Das Vezes Que Pensei Escrito
2 No Regresso
3 Vida de Campo
4 Romance Que o Tempo Escreveu
5 Pátria e Querência
6 Quando um Pinho Vem Chorar
7 Xote "véio" Gaúcho
8 O Tempo
9 Mates de Fim de Tarde
10 Ao Bailar de Dois Olhares
11 Escuta o Que Te Digo
12 Silhuetas de Campo
13 Tua Imagem Num Poema
14 Enquanto os Olhos Não Te Veem
15 Desde a Forma Até o Carinho
16 Este É o Lugar
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