paroles de chanson Campesino - José Cláudio Machado
Eu
nunca
froxei
a
perna
pra
potro
que
corcoveia
Me
criei
montando
em
pêlo
surrando
só
nas
orelhas
E
quando
o
matungo
roda
é
que
coisa
fica
feia
Sou
ligeirito
no
más
sou
destes
que
não
se
enleia
Num
aparte
de
mangueira
tanto
a
pé
como
a
cavalo
Na
saída
de
algum
brete
sempre
botei
meu
pealo
E
quando
a
prosa
é
demais
que
eu
ouço
muito
e
me
calo
Me
deito
em
altas
da
noite
me
acordo
ao
cantar
do
galo
Quando
faço
um
alambrado
que
estico
bem
o
arame
Se
escapa
o
estirador
o
tombo
é
que
é
mais
infame
Se
danço
mal
no
fandango
não
importa
que
reclame
Em
namoro
de
cozinha
só
me
paro
no
baldrame
Se
me
meto
na
carpeta
pra
jogar
não
jogo
pouco
Se
for
preciso
até
brigo
mas
não
entrego
o
meu
troco
O
jogo
é
coisa
do
diabo
e
eu
sou
burro
quando
empaca
Já
levantei
de
uma
mesa
com
dez
cartas
na
guaiaca
Meu
serviço
é
coisa
bruta
que
não
serve
pra
doutor
Nem
pra
estes
da
cola
fina
metido
a
conquistador
Vivo
lavrando
a
boi
pisando
no
meu
suor
Levantando
alguma
vaca
no
fundo
de
um
corredor
Fui
criado
meio
xucro
um
pobre
peão
de
estância
Venho
curtido
da
estrada
de
tanto
encurtar
distância
Respeitando
minha
estampa
do
amor
pela
querência
Sou
feito
de
pau
a
pique
com
o
Rio
Grande
na
consciência
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