paroles de chanson Dealer e Dilema - Pedro Abrunhosa
Tenho
um
quadrado
de
cimento
em
que
me
deito,
Não
há
lugar
para
um
futuro
tão
estreito,
Sigo
o
asfalto,
lá
do
alto
do
meu
prédio
Tenho
pr'a
mim
que
a
tentação
não
tem
remédio.
E
se
me
mato,
se
me
trato
em
directo,
Abro
o
jornal,
qualquer
canal,
sou
predilecto,
E
na
TV,
no
DVD,
fazem-me
estrela,
Ontem
ninguém,
hoje,
quem
sabe,
uma
novela.
Tanto
barulho,
tanto
engulho
no
deserto,
Está
aqui
escrito
que
este
plano
bate
certo,
Mato
o
juíz,
mato
a
perdiz,
mato
o
sobreiro
Com
um
só
tiro,
mas
um
tiro
bem
certeiro.
Diz
quanto
custa
à
minha
custa
o
teu
perdão,
Um
carro
novo
com
motor
de
foguetão,
Uma
vivenda,
uma
merenda
a
vida
inteira
Fazer
Domingo
de
Segunda
a
Sexta-feira.
Eu
não
sei
onde
é
a
saída,
Se
é
no
beco
ou
na
avenida.
Ai,
País,
País
é
um
problema,
vive
Entre
o
dealer
e
o
dilema,
Entre
a
sesta
e
o
sistema.
Entre
o
dealer
e
o
dilema
Entre
a
sesta
e
o
sistema.
Tenho
um
petardo
lá
na
cave
do
anexo,
Vem
nos
jornais
que
sou
um
gajo
complexo,
No
futebol
talvez
o
leve
pr'a
tribuna,
Não
há
lugar
onde
o
país
mais
se
desuna.
Sou
visionário
ao
contrário
do
que
se
pensa,
Ter
tantos
cargos
faz
a
vida
tão
intensa,
Entre
a
medalha,
e
a
canalha
nunca
vai,
Se
é
de
madeira
esta
cadeira
um
dia
cai.
Tenho
a
certeza
que
à
mesa
sou
honesto,
Um
envelope
no
decote
compra
o
resto,
Um
escadote
pra
subir
até
ao
fundo,
Lugar
cativo
lá
no
céu
do
outro
mundo.
Quero
uma
estátua
de
prata
à
minha
porta,
Que
a
redenção
é
coisa
que
não
me
importa,
Quero
um
cavalo,
quero
um
trono
onde
me
sente
Se
não
for
rei,
porque
não
ser
presidente?
Eu
não
sei
onde
é
a
saída,
Se
é
no
beco
ou
na
avenida.
Ai,
País,
País
é
um
problema,
vive
Entre
o
Dealer
e
o
dilema,
Entre
a
sesta
e
o
sistema.
Entre
Dealer
e
o
dilema
Entre
a
sesta
e
o
sistema.
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