Текст песни De Um Miserável Naufrágio Que Passámos - Fausto
O
escuro
é
muito
grande
O
tempo
é
muito
frio
O
mar
é
muito
grosso
O
vento
é
muito
rijo
As
águas
são
cruzadas
As
vagas
levantadas
Eh
bruto
corta-me
esses
mastros
Aguenta
a
popa
e
vira
a
proa
Ajusta-me
esses
calabretes
Baldeia
fazendas
à
toa
Descarrega
esse
convés
Saltam
braços
Voam
pés
Vomitam
pragas
num
estardalhaço
Os
corpos
atirados
em
pedaços
Dão
à
costa
Pela
encosta
Choramos
a
nossa
perdição
Dando
muitas
bofetadas
Em
nós
próprios
sim
senhor
Metidos
num
charco
de
água
Gritamos
uma
reza
ao
salvador
O
escuro
Salve-se
agora
quem
puder
Por
entre
feridos
e
aflitos
Nas
costas
banhadas
em
sangue
Mordem
atabões
e
mosquitos
Gritam
mudos
Ouvem
surdos
Em
trejeitos
absurdos
Um
marinheiro
de
cabeça
toda
aberta
C'os
miolos
todos
podres
quase
inerte
Num
boeiro
Ai
que
cheiro
E
abraçado
a
mim
logo
expirou
Com
provas
de
bom
cristão
O
que
muito
nos
consolou
Não
ter
de
o
levar
às
costas
Enterrado
Abençoado
lá
ficou
O
escuro
Estando
nós
em
grande
perigo
Num
enorme
desvario
Nadaram
dois
marinheiros
E
a
pouco
mais
de
meio
rio
Arremeteram
conta
eles
Dois
lagartos
muito
grandes
Que
os
esfarraparam
todos
em
bocados
Com
a
qual
vista
ficámos
a**ombrados
Ai
socorro
Ai
que
eu
morro
Livra
que
nos
fomos
logo
a
pique
E
subitamente
ao
fundo
Com
um
negro
pela
mão
Tão
pasmado
e
caladinho
Mas
lá
por
dentro
a
cantar
o
cantochão
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