Текст песни No Tranco do Mutim - André Teixeira
Vou
sacudindo
a
ossamenta
No
balanço
do
Mutim,
Num
rancho
chão
de
cupim
Nesse
rincão
missioneiro...
E
a
fumaça
do
candieiro
Vai
adentrando
na
venta,
E
a
cordeona
se
sustenta
Abrindo
e
fechando
o
fole,
Sonidos
que
a
noite
engole
Sob
a
lua
sonolenta.
Don
Adalberto
abre
a
gaita
Como
um
sagrado
responso,
Vem
do
rincão
mais
esconso
Riscado
de
japecanga.
O
meu
canto
se
arremanga
Lavando
a
alma
num
verso.
Mundo
xucro,
céu
disperso
Que
se
enreda
na
emoção,
Na
harmoniosa
comunhão
Dentro
do
meu
universo.
Ilheira
e
baixo
conversam
No
mesmo
vocabulário,
Configurando
o
sacrário
Do
missal
do
rancherio.
Um
lampião
treme
o
pavio
Do
vento
que
vem
da
porta,
Na
imagem
que
se
recorta
De
quem
baila
e
se
sacode,
Entra
e
se
sai
como
pode
Porque
o
resto
pouco
importa.
Se
eleva
o
pó
na
bailanta,
Se
agoa
e
segue
de
novo.
É
costume
do
meu
povo
O
baile,
dança,
entreveiro...
Gaita,
violão
e
pandeiro
Que
diverte
e
acostuma,
Sem
diferença
nenhuma
Do
sarau
mais
requintado,
Nesse
ronco
abarbarado
Que
alma
inteira
perfuma.
O
rancho
se
enche
de
luz
- Vaneira
de
pontesuela
-
Da
gaita
escapa
uma
estrela
Alumiando
todo
o
rincão.
O
céu
vem
morar
no
chão
Em
celeste
forma
divina
Que
enternece,
que
ilumina
Como
deusa
e
o
paraíso,
Transparecido
em
um
sorriso
Nos
lábios
de
alguma
china.
Uma
cordeona
se
abrindo,
De
campo
inteira
se
veste.
Capão
de
mato
celeste,
Segredo
puro
do
embalo.
É
como
um
canto
do
galo
Na
minha
querência
reiuna.
Nem
o
vivaz
mais
turuna
Não
sabe
a
importância
exata...
A
gaita,
mais
que
ouro
e
prata,
Na
terra
é
a
maior
fortuna.
1 Um Quadro a Ser Pintado
2 Lá D'onde Eu Venho
3 Do Meu Rincão
4 O Silêncio e a Campereada
5 Peão do Posto e Chamarrita
6 Nos Braços da Madrugada
7 João Facão
8 Querência, Somos Iguais!
9 Manhã de Rodeio
10 Al Compás de La Vigüela
11 Caminhador
12 Assoviando a Quero-mana
13 Peregrino e Cruzador
14 No Tranco do Mutim
15 A Linha da Minha Mão
16 Monumento
17 Caminho de Sempre
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